quinta-feira, 21 de abril de 2011


“Trouxeram-lhe, então, um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via.
E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi?”
Mateus 12: 25-26
 Mas alguns deles diziam: Ele expulsa os demônios por Belzebu, príncipe dos demônios.
E outros, tentando-o, pediam-lhe um sinal do céu.
Mas, conhecendo ele os seus pensamentos, disse-lhes
Lucas 11:15 -17

“Enquanto Jesus ministrava no meio deles,um cego viu e os líderes religiosos ficaram cegos”
Quais eram seus reais pensamentos?

Porque pedir um sinal depois da cura de um mudo? Quando um homem mudo fala, é prova evidente de que ocorreu uma cura. E nesse caso, uma cura sobrenatural.A reação dos que estavam presentes pode ser dividida em pelo menos três grupos. Não vamos contar os discípulos, mas sim os restantes.
O primeiro grupo era a multidão que se admirava e reconhecia que Deus havia realizado um milagre. O grande problema dos maravilhados é que essa visão do sobrenatural não os torna comprometidos. Eles não defenderam Jesus, apenas continuaram como expectadores dos fatos.
O segundo grupo foi obrigado a reconhecer e por essa razão não questionam a veracidade do milagre. Porém, tentam destruir essência do milagre atribuindo motivos sinistros ao mesmo. Esse grupo é perigoso, pois seu argumento é cheio de julgamento e acusação. Aqui não se trata do milagre, mas sim do poder  da influência de Jesus.
O terceiro grupo menospreza o feito. Eles não se alegram com fato de um cego voltar a ver, mas sim enxergam uma ótima oportunidade. A impressão que tenho é de desprezo ao milagre. Eles então olham pra Jesus como uma provável saída messiânica. Queriam ter a certeza de quem era Jesus. O sinal ou o fenômeno astral esta ligado então a uma decisão de apoiarem ou não o suposto messias.
Olhando esses três grupos devemos olhar para nós mesmos. Será que até amamos o que Jesus faz e o que Ele pode oferecer, mas nunca nos comprometemos com sua missão? Temos que tomar cuidado para não passarmos uma vida inteira a observar sem nunca se comprometer.
Ou talvez, como o segundo grupo, tentemos manter as coisas do nosso jeito? Ouvimos estudos e pregações, lemos livros, mas sempre temos uma boa desculpa para continuar a defender nossas velhas atitudes.  Uma forma de descobrir se fazemos parte desse grupo é se vivemos a nos justificar. Eles viram o milagre, não podiam fazer igual, então justificam sua incapacidade apontando um suposto erro em Jesus.
Fazemos isso o tempo todo. Dizemos que fulano tem um gênio do cão mas nós temos razões para estarmos tão bravos. Dizemos que alguém está passando por problemas por que não ora, mas nós não oramos pois afinal das conta não temos tempo. Nosso irmão é teimoso, nós temos convicções firmes. Justificativas que não nos levam a lugar algum. Assim como aqueles homens, podemos estar diante da oportunidade de mudança mas continuarmos a nos justificar.
O terceiro grupo é o mais terrível de todos. O primeiro não se compromete, o segundo se justifica, mas o terceiro se aproveita. Precisamos tomar cuidado para não querer apoiar Jesus só por proveito próprio. Não podemos amar mais o que Ele pode fazer do que a Ele mesmo. Para o terceiro grupo, Jesus não era o importante, mas sim qual lucro Ele poderia gerar. Travamos então uma barganha descarada com Deus. Qual o proveito que poderemos tirar.
Que Deus nos dê a consciência clara nos momentos em que de alguma forma um desses grupos atraírem minha atenção. Não se comprometer, se justificar e tirar vantagem; eles batem todos os dias em nossas portas, precisamos tomar o cuidado de nunca abrir para que eles entrem. Um exercício diário, cansativo, mas muito valioso.
Um forte abraço
Graça e paz
PR. Franklin

sábado, 18 de setembro de 2010

Uma reposta que rompe com os rituais

Uma reposta que rompe com os rituais
“Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?”
(SL. 15)
Davi com certeza tinha uma visão clara sobre esse santuário a ser alcançado. A pergunta apresentada por ele é um tipo de padrão antigo de perguntas e respostas. Nos santuários antigos era comum que se fizessem perguntas sobre as condições de admissão. O próprio tabernáculo do seu povo era cercado de rituais e exigências. Estes eram a porta de entrada para a vida no templo.
            Mas o Davi traz uma resposta muito diferente do que se costumava ouvir em seu tempo. Sua resposta não qualificaria uma pessoa a estar ritualmente pronta a entrar em nenhum santuário comum a sua época. Davi está falando de um lugar e um santuário que não esta na esfera do natural. Era o seu lugar de intimidade com Deus.
            Neste lugar que Davi havia se fortalecido e alcançado todas as suas grandes e espetaculares vitórias. Em vários outros salmos Davi ensina em suas canções sobre esse lugar em Deus. É incrível essa descoberta que o salmista fez. Ele é conhecido até hoje como o homem segundo o coração de Deus. Talvez por que ele chegou a um lugar de intimidade tão grande. Sua descoberta desse lugar mudou a sua história. Precisamos então entender esse caminho e trilhar com determinação até o alcançarmos.
            Sua resposta passa longe de rituais externos. As exigências são internas. Os rituais são então trocados por atitudes. Talvez pudéssemos dizer que a grande diferença entre um ritual e a atitude está no tempo que gastamos para executá-las. Um ritual, por mais difícil que seja, requer um espaço de tempo limitado. Uma vez realizado, já obteve seu sucesso e seu objetivo. Já a atitude é totalmente diferente. O espaço de tempo de sua execução é ilimitado. O que caracteriza um homem não é apenas uma atitude isolada.
            Um marido, por exemplo, pode mandar flores no aniversário de sua esposa. Apesar de sua atitude ser tida como romântica, ele precisa ser acompanhada por outras. Imagine que esse marido das flores nos outros dias se comporte indiferentemente aos sentimentos de sua esposa. Nunca a elogie nem se preocupe com seus temores. Gaste tempo somente com seu trabalho e ao chegar à casa queira somente descansar. Na sua folga ele resolva então sair com os amigos enquanto sua mulher passa seu final de semana sozinha com suas queixas.
            Diga-me com toda sinceridade esse home das flores é romântico? Uma atitude isolada não caracteriza quem o homem é. Mas sim o conjunto de atitudes. O ritual pode ser único, mas a atitude precisa ser confirmada todos os dias.
            Por essa razão é que o mais fácil é viver de rituais e não de atitudes. A igreja esta cheia de pessoas que preferem os templos e púlpitos a esse lugar secreto em Deus. É mais fácil parecer espiritual (assim como o marido parecia ser romântico) do que o realmente o ser. Nos templos é fácil falar bonito e fazer cara de espiritual. Porém é na vida que a verdade realmente se apresenta.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O teste da paciência

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”. Hb. 11:1




A impaciência é a ausência da fé. E sem fé, vc já sabe ninguém pode agradar a Deus. O texto de Hebreus é bem claro na sua definição sobre fé. Ela é o que nutre o tempo de espera. Quando a impaciência se revela, isso quer dizer naturalmente que a fé não está mais operante.

Vamos dizer então que a fé operante é gerada na paciência. Isso torna mais claro o texto de Tiago1: 6 e 7. Que afirma que aquele que pede, mas duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. E ainda diz mais, afirma que esse que brinca de fé perdendo a sua fé durante o período da esperança não receberá do Senhor alguma coisa.

Esse assunto não é brincadeira. A nossa inconstância na paciência nos tem roubado muito do que Deus havia reservado. A partir desta postagem quero abordar esse assunto. E ainda mais quero contar com sua opinião sobre o assunto. Junto iremos construir verdades que nos levarão a orações que prevaleçam durante o tempo da paciência.

Um grande abraço

Graça e Paz

Franklin

terça-feira, 25 de maio de 2010

"...nos gloriamos nas tribulações".

“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações;...” Rm. 5:3


Este texto tem chamado muita minha atenção nesses últimos dias. Tenho amigos que entendem do assunto de se gloriar. Por todos os lados tenho tido o privilégio de observar a nossa espécie. Somos velozes em super valorizar nossas conquistas. Temos uma capacidade natural de revelá-las como que a troféus.

Conquistas financeiras e até mesmo conquistas supostamente espirituais são motivo de nos gloriarmos. Ninguém, no entanto o faz com uma aparente arrogância, mas com uma falsa amizade e humildade. Mostramos para nos gloriar. Temos uma espécie ridícula de necessidade de nos auto-valorizar. Essa é uma das características que denigrem o ser humano.

É bom ressaltar que 90% dessas pessoas que tenho observado são do nosso meio cristão. Usamos nossas conquistas para nos auto-promover. E ao passar por lutas nos desesperamos. Fazemos exatamente como os incrédulos. Então me pergunto..............qual será a diferença?

Nas tristezas somos tristes e nas alegrias somos alegres. Qual será a diferença? Não! Tenho então ensinado com intensidade esse texto. Gloriar-nos nas tribulações.

O apóstolo ensina que devemos então ter uma atitude muito louca nas nossas tribulações. Devemos encher o peito e fazer com nossas dificuldades o mesmo que tão divinamente fazemos com nossas conquistas.

Gloriar-nos em nossas tribulações e fraquezas é o caminho proposto por Paulo. Esse entendimento e atitude resultarão em um testemunho eficaz e em uma vida muito mais feliz. Aceite esse desafio em troca sua vida se tornará muito mais leve.

Um grande abraço
Graça e Paz
Franklin

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Deixando o Pesado pra Deus….

Nas últimas postagens falamos sobre aprender a se proteger das pauladas que nos tornam estéreis. Descobrimos que precisamos guardar nosso coração, pois dele saem às saídas da vida. Mas como isso se torna possível? Como podemos trocar as fontes do nosso coração? Como guardar algo que nem mesmo entendemos direito?

Primeiro queremos deixar claro que a idéia de nós mesmos guardarmos nosso coração é uma grande furada. Podemos com muito esforço guardá-lo por algum tempo. O problema é que os dias que não conseguirmos guardá-lo as reações em nós ainda serão como no começo... terrena, animal e diabólica. Não pode ser então fruto de uma tentativa do nosso intelecto. É louvável tentar, mas nada efetivo.

O segredo é aprender a deixar o pesado com Deus. Existem coisas que só mesmo o Pai pode conseguir. Ele é o único que esquadrinha os corações. Existe alguém fera nesse assunto, esse é o Pai.

O apóstolo Paulo em Romanos 8:27 apresenta Deus como aquele que é capaz de examinar os corações. Em Filipenses Paulo afirma que Deus é poderoso pra guardar nossos corações. Qual seria nosso papel então?

Na última postagem falamos sobre o ambiente propício para que Deus viesse sobre nossos corações, um ambiente de paz. Existem muitas emoções que nos tiram a paz. E elas vêm nos roubar. Elas são chamadas de inquietações em Fl. 4:6.

São exatamente essas inquietações que nos levam a fonte que é terrena, animal e demoníaca. Precisamos então nos livrar desses pensamentos e somente assim deixar o Pai trabalhar com o resto. Como será possível isso acontecer?

O apóstolo Paulo revela como tornar isso possível.



“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.”

Fl.4:6-7



O segredo está em não estar inquieto por coisa alguma. E como? Esvaziando nosso coração a todo instante que as circunstancias o encherem de inquietações e ansiedades. Na prática precisamos lutar para não andar, ou seja, passar tempo com esses sentimentos. O tempo que esses pensamentos permanecem, destroem o ambiente de paz. Liberam o que é terreno, animal e demoníaco.

Quando perceber que esse tipo de pensamento vem sobre seu coração é preciso parar tudo e em oração expurgar toda inquietação e ansiedade. Mas é preciso fazer isso com fé. Pois Paulo afirma que as orações e súplicas devem ser com ações de graça. No velho testamento a oferta de ações de graça era resultado de algo bom que havia acontecido. Pra Paulo as orações e súplicas deveriam acontecer com uma firme convicção de que seriam respondidas. A ponto de orar com ações de graça. Ou seja, agradecendo por que sua resposta já chegou mesmo antes de chegar.

Esse é um exercício diário que vai mudar nossas vidas. Quem aceitar esse desafio descobrirá um novo mundo a sua volta. Suas fraquezas não mais terão forças para subjugar nem acusar. Um tempo onde nossas atitudes não mais nos denunciarão. Seremos irrepreensíveis e o melhor, isso em muita paz. Um novo tempo a ser construído. O futuro começa agora. Hoje vamos lutar, mas amanhã estaremos livres.

Eu profetizo que você vai conseguir. Não mais na sua própria força, mas nos braços fortes do Pai. Não desista!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Um grande abraço

Graça e Paz

Franklin

segunda-feira, 8 de março de 2010

“A Sabedoria que vem do alto”

“A Sabedoria que vem do alto”


Tg. 3:17 e 18

Como já dissemos precisamos escolher a fonte que dará vida as nossas palavras. A sabedoria que devemos mostrar em mansidão possui características ressaltadas por Tiago. Mas antes de partir para o entendimento de cada uma das características, precisamos entender que a sabedoria do alto não se manifesta para qualquer um, nem em qualquer lugar.

Precisamos então entender o critério básico para sua manifestação. Nós já abordamos esse assunto em parte quando falamos sobre o conteúdo da nossa opinião. Lá entendemos que o resultado de nossa fala precisa ser o mesmo desejado por Deus. Porém, agora nosso enfoque é outro. Precisamos entender que para que nosso coração produza um fruto de justiça, uma semente precisa antes ser plantada.

O fruto não nasce do nada. É preciso haver plantio de sementes antes que se poça colher um fruto. O texto vai nos dizer quando, onde e por quem essa semente é plantada.

O texto diz que “o fruto de justiça é plantado em paz.”, ou seja, o ambiente necessário para que o dono da semente a semeie é um ambiente de paz. Para entendermos melhor esse ambiente vamos dar mais um paço neste versículo.

“Para os que exercitam a paz” Tg. 3:18

Precisamos sempre ter em mente que o autor está se referindo ao que falamos, como falamos e onde falamos. Desta forma exercitar a paz, nada tem haver com um transe ou um estado de espírito elevado.

Jesus já havia falado sobre isso em MT. 5:9

“Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus”

“Pacificadores” = aqueles que promovem a paz = exercitam a paz

É preciso entender que promover a paz não é aceitar possivelmente qualquer situação que se estabeleça. Antes é confrontar o problema a fim de resolvê-lo. Não é a ausência de conflito, mas antes o estabelecimento de um ponto pacífico.

Vamos dizer que aquele que é um pacificador não se conforma com o conflito entre pessoas. A todo tempo deseja e toma iniciativa a favor do estabelecimento da paz. E segundo o texto de Mateus 5:9, ser um pacificador é agir como Deus age. Pois ao agir assim, o pacificador mostra um “traço da família, herdada do seu Pai celeste”.

“ ...o nome reflete a natureza”

Gerar a paz é criar um ambiente propício para que o dono da semente a libere. Quando o pacificador se levanta para exercer sua natureza, do alto, Deus libera sua semente que uma vez semeada gera o que Tiago chama de fruto da justiça.

Logo podemos entender que a sabedoria do alto não se manifesta apenas para nos tornarmos mais tranqüilos ou emocionalmente equilibrados. A sabedoria do alto requer daquele que a recebe em exercício ou uma ação em prol do corpo. A sabedoria do alto mais a mansidão trará a revelação dos filhos de Deus. Pois diante do efeito da fala do pacificador, todos dirão, esse é verdadeiramente um filho de Deus.

Sei que falei em terminar esse assunto nesta postagem, mas vou precisar de mais uma.

Um grande abraço

Graça e Paz

Franklin