terça-feira, 23 de fevereiro de 2010





“Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem às fontes da vida”.

Pv 4:23



Como já dissemos anteriormente a fonte é o condutor daquilo que está no interior para fora. Uma das fontes do coração é a palavra, mas ela é apenas a expressão de um pensamento. Por isso precisamos descobrir o que está no interior. Qual é a alimentação que tem nutrido nossas palavras.

Jesus afirmou que podemos descobrir o que está dentro do nosso coração com certa facilidade.

“Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”

MT 6:21.

Vamos afunilar essa idéia. Podemos dizer que há dois lugares onde está nosso tesouro. Nas coisas desse mundo e nas coisas do alto. O primeiro tesouro envolve muitas coisas como casa, carro, vida financeira, emprego, amor, sexo, dinheiro, fama, reconhecimento e autoridade ministerial ou secular, entre tantas outras coisas. Quando colocamos nosso coração nas coisas desse mundo, essas irão determinar o que vai jorrar de nossas fontes.

Para nos ajudar vamos dar uma espiada no que Tiago afirma sobre o assunto. O texto diz que existem características que determinam onde está o nosso coração. Ele chama o que nutre a fonte com as coisas desse mundo de sabedoria que não desce do alto. E aponta três características para quem usa dessa sabedoria.

“Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.”

Tg 3:15

Vamos então ver se nossas palavras são a expressão daquilo que é da terra ou do céu. A primeira característica é que ela é terrena. Para entender o que Tiago quis dizer precisamos ter em mente que esse capítulo todo está falando sobre a língua, ou seja, a fala. Dessa forma podemos entender que a fala é a expressão de uma sentença antes elaborada por nossa mente. Isso quer dizer que julgamos e sentenciamos pessoas o tempo todo. E é ai que mora o perigo. Por essa sabedoria ser terrena, ela nos dá a limitação que nos incapacita a julgar. O homem é limitado. Não conseguimos ter todos os lados de uma verdade, para que assim pudéssemos julgar. A humanidade nos faz cometer injustiças. Somos traídos por sentimentos e impressões.

Em segundo ela é animal. Há algum tempo atrás os circos foram impedidos de continuarem com animais perigosos. Lembro do triste caso de uma criança que morreu por chegar perto de uma das jaulas. Sabe por quê? Porque o animal preso não deixa de ser perigoso. Mesmo preso, a qualquer momento ele pode se soltar e aí já viu.

Isso quer dizer que podemos tentar fazer somente o que é certo o tempo todo. Mas dentro de nós existe um animal e ele pode se soltar a qualquer minuto. Conseguimos controlar nossa fala, até que o leão se solta. Falamos então as piores coisas, que achávamos que nunca mais diríamos. É o animal!

E por último ele diz que ela é diabólica. É como se dentro de nós houvesse a legalidade para que o Diabo operasse. Depois de julgarmos (terrena) e ofendermos (animal) só resta o diabo terminar o serviço. Ou seja, nossas palavras podem ser perigosas se nosso coração estiver nas coisas daqui de baixo.

Antes de continuarmos pensando sobre o assunto precisamos buscar em Deus através do amigo ES se nossa fonte tem jorrado esse tipo de água. Terrena, Animal e Demoníaca.

Se a resposta for sim, é chegado o tempo de estancar essa fonte. O primeiro passo é reconhecer a necessidade de mudança. Depois se arrepender precisamos então buscar em Deus como mudar o reservatório do nosso coração. E assim nutrir nossa fonte com aquilo que é do alto. Isso é possível. Não é uma questão de temperamento. Mas sim de buscar novos tesouros.

Vamos terminar o assunta na próxima postagem

Um grande abraço

Graça e Paz.

Franklin

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Morreu um herói

Quero parar um pouco de falar sobre o assunto anterior para prestar uma homenagem. Nesta semana perdi um ícone. Meu avô de 102 anos faleceu.


Não foi apenas um falecimento de mais um idoso. Mas sim o cumprimento visível da palavra de Deus. Pude ter o privilégio de ver o que Deus faz com quem Nele confia. Meu vô é o homem bem-aventurado que o salmo primeiro relata. Em todo tempo podemos ver seu fruto, mesmo em dias de escassez, seus ramos continuaram a alimentar a quem dele precisava.



Dele surgiram igrejas, missionários, profetas, pastores, gente muito crente que faz a diferença por aí. O primeiro crente de Duque de Caxias teve a benção de ver filhos, netos e bisnetos. Teve a sensação de dever cumprido. Filhos criados no caminho do Senhor. Uma casa para cada um dos seus cinco filhos. Netos que o admiram como se admira a um herói.

Não há como esquecer suas histórias e senso de humor. Seus conselhos sábios direcionaram varias vidas. Sua visão simples do evangelho me ensinou a enxergar melhor as verdades. Enquanto meus líderes tentavam me ensinar a ver tudo por um único lado, ele me fazia entender que tudo pode ser visto por outro ângulo. Com certeza posso entender hoje que Deus usou nossas conversas para liberar minha mente para que ela pudesse voar alto.

Sei que sou responsável por meu caminho. Mas não posso deixar de reconhecer que meu vô gerou um caminho no qual eu vou continuar. Não sei se você concorda ou não, mas sei que o relacionamento de Deus e meu vô ainda me ajudarão muito. Sei que ainda vou colher os frutos da colheita por ele plantada.

Meu vô Barros! Um herói, um exemplo, um amigo. Eu o amo tanto! Ainda não sei lidar com sua falta. Mas a dor vai passar, por maior que ela seja.......

Não consigo mais escrever.....

Um grande abraço

Graça e Paz

Franklin

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Continuando a saga da ovelha....

Continuando a saga da ovelha....




“Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. Pv 4:23



Antes de falar de como guardar o coração preciso compartilhar sobre as “fontes da vida”. Precisamos então entender que fonte é o condutor daquilo que está no interior para fora. Vamos dizer que ela é a expressão visível do que está escondido no interior.

Nós expressamos de várias maneiras, mas você há de concordar que a maior expressão é a fala. Certa vez Jesus afirmou que a boca fala do que está cheio o coração (lc. 6:45). Desta maneira podemos dizer que a fala é a expressão maior do coração.

Essa é uma verdade que precisa ser entendida para que o que vamos continuar tratando não seja mal interpretado. O que faria muito mal.

Não podemos calar ou fechar as saídas do coração. Quando somos agredidos na alma, não podemos ignorar a dor e nos calar por termos aprendido ser isso o certo. Não podemos nos forçar ser quem nós não somos. Como diria Paulo, não podemos nos adequar a um jugo de escravidão. Isso vai gerar doenças na alma que resultarão em problemas muito maiores.

Quando Tiago fala sobre a língua e seu poder ele afirma que devemos dominá-la e não a cortarmos. Ele aponta a figura de um cavalo enorme que é conduzido pelo pequeno freio. Ainda ressalta que o grande navio é conduzido por um pequenino leme. Em ambos os casos o freio e o leme não são usados para parar ou estagnar, mas para continuar no caminho desejado. A idéia não é gerar um crente que aceita tudo e se deixa machucar e ferir. Como se isso fosse ser espiritual !? Na verdade isso é ser idiota.

Precisamos entender também que falar tudo o que vier na cabeça vai gerar todo mal que tanto lutamos contra.

O objetivo dessa postagem é alertar que Deus te deu sabedoria e entendimento. Isso não pode ser ignorado por você e nem por ninguém. Mas também é nosso objetivo ressaltar que uma verdade dita na hora errada e da maneira errada vai gerar caus. A verdade é para ser dita na hora certa e da maneira certa. Ao fazer isso estaremos começando a guardar nosso coração.

É sobre isso que falaremos na próxima postagem. Como trazer a justiça de Deus com nossas palavras. Como usar essas saídas da vida de tal maneira que meu coração permaneça livre pra fluir em Deus e não ser preso nas ofensas.

Um Grande abraço

Graça e paz

Franklin

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Esquivando da esterilidade

Esquivando da esterilidade




Na última postagem tratamos da esterilidade proveniente das pancadas eclesiásticas. Nela profetizamos o restabelecimento da vida. Mas a verdade é que apesar de crer que em Deus somos curados, os cajados continuam a espancar ovelhas por todo o lado.

O que fazer? Como diria o grande pensador “chaves”: “Quem poderá nos defender?” Entre tantas possibilidades quero apontar duas. A 1ª e mais usada é sair da estrutura que te ofende. O grande problema é que nem sempre essa é a melhor saída.

Em alguns casos, para não endoidar de vez, é melhor chutar a balde e sair fora. Porém isso não resolverá o problema. Talvez no momento seja um refrigério, mas na grande maioria das vezes o problema volta a existir. Talvez por estarmos num tempo de escassez de sanidade eclesiástica, ou por não termos aprendido ainda a guardar nosso coração.

Existem gigantes que enquanto não são mortos, continuam a esbravejar. A ofensa é um desses gigantes. Abusada e espaçosa. Não tem hora pra chegar e ocupa o lugar que era reservado para sua alegria.

Dessa forma, fugir pode nos livrar temporariamente do poder devastador da ofensa eclesiástica. Porém logo ela se apresenta com todas as suas armas.

Então qual seria a outra opção?

“Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. Pv 4:23


Outra versão diz : “sobre todas a s coisas...” ou ainda “Sobre tudo o que se deve guardar...” guarda o teu coração. Esse é o melhor caminho. Quando formos ofendidos. Quando a ofensa nos cercar pelo caminho. Vamos dizer que esse é o primeiro passo para se esquivar da esterilidade que postei anteriormente.

Sei que a leitura desse conselho é poeticamente linda, mas aparentemente impraticável. Mas quero te afirmar que é possível ser ofendido e machucado e ainda sair ileso. Que doidera, não?

A ofensa gera em nós conturbados sentimentos, que se tornam atitudes em milésimos de segundo. E essas atitudes são geradoras dos desastres que desgastam nossas esperanças e forças. A reação a ofensa é inevitável. Porém a forma como reagirmos a ela pode determinar ou não uma vitória ou uma derrota.

O objetivo maior da ofensa é nos prender nela mesma. E não tenha dúvida que ao reagirmos ofensivamente ou indiferentemente, cumprimos o que chamo de Ciclo da Ofensa. Passamos a viver na teia da ofensa. Dia e noite aterrorizados pelo que falaram ou fizeram, ou não fizeram.

O assunto da casa é a ofensa injusta que sofremos. Ao acordarmos até ao dormirmos, nossa cabeça não para de nos dar mil e um argumentos que nos dão razão para estarmos ofendidos. Alguns desses argumentos são verdades outros não. Mas isso não interessa, pois sendo ou não verdade já estamos presos no Ciclo da Ofensa.

Nosso coração desguardado passa a ter como seu tesouro essa ofensa que tanto nos faz sofrer.


“Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”Mt 6:21.



É hora de esse jogo acabar! Essa tem sido a história que mais tenho ouvido nesses últimos anos. E Também foi a minha história. Mas o Espírito Santo, na marra, me levou a um entendimento novo que tem me libertado. Lembra do Provérbio? Sobre todas as coisas devo guardar meu coração. Passei a entender que dele provém saídas. Ou seja, do coração saem “fontes da vida”. Se eu conseguir guardar meu coração vou conseguir determinar como será minha vida e não a vida vai determinar como serei.

Nas próximas postagens quero compartilhar algo novo e tremendo que tenho descoberto ao lado do meu amigo ES. Como esquivar das ofensas e sem reagir ser vingado. Como usar essas saídas da vida de tal maneira que meu coração permaneça livre pra fluir em Deus e não preso nas ofensas.

Por enquanto vamos ficar pensando se estamos ou não dentro dessa realidade.

Um grande abraço

Graça e paz

Franklin