sábado, 18 de setembro de 2010

Uma reposta que rompe com os rituais

Uma reposta que rompe com os rituais
“Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?”
(SL. 15)
Davi com certeza tinha uma visão clara sobre esse santuário a ser alcançado. A pergunta apresentada por ele é um tipo de padrão antigo de perguntas e respostas. Nos santuários antigos era comum que se fizessem perguntas sobre as condições de admissão. O próprio tabernáculo do seu povo era cercado de rituais e exigências. Estes eram a porta de entrada para a vida no templo.
            Mas o Davi traz uma resposta muito diferente do que se costumava ouvir em seu tempo. Sua resposta não qualificaria uma pessoa a estar ritualmente pronta a entrar em nenhum santuário comum a sua época. Davi está falando de um lugar e um santuário que não esta na esfera do natural. Era o seu lugar de intimidade com Deus.
            Neste lugar que Davi havia se fortalecido e alcançado todas as suas grandes e espetaculares vitórias. Em vários outros salmos Davi ensina em suas canções sobre esse lugar em Deus. É incrível essa descoberta que o salmista fez. Ele é conhecido até hoje como o homem segundo o coração de Deus. Talvez por que ele chegou a um lugar de intimidade tão grande. Sua descoberta desse lugar mudou a sua história. Precisamos então entender esse caminho e trilhar com determinação até o alcançarmos.
            Sua resposta passa longe de rituais externos. As exigências são internas. Os rituais são então trocados por atitudes. Talvez pudéssemos dizer que a grande diferença entre um ritual e a atitude está no tempo que gastamos para executá-las. Um ritual, por mais difícil que seja, requer um espaço de tempo limitado. Uma vez realizado, já obteve seu sucesso e seu objetivo. Já a atitude é totalmente diferente. O espaço de tempo de sua execução é ilimitado. O que caracteriza um homem não é apenas uma atitude isolada.
            Um marido, por exemplo, pode mandar flores no aniversário de sua esposa. Apesar de sua atitude ser tida como romântica, ele precisa ser acompanhada por outras. Imagine que esse marido das flores nos outros dias se comporte indiferentemente aos sentimentos de sua esposa. Nunca a elogie nem se preocupe com seus temores. Gaste tempo somente com seu trabalho e ao chegar à casa queira somente descansar. Na sua folga ele resolva então sair com os amigos enquanto sua mulher passa seu final de semana sozinha com suas queixas.
            Diga-me com toda sinceridade esse home das flores é romântico? Uma atitude isolada não caracteriza quem o homem é. Mas sim o conjunto de atitudes. O ritual pode ser único, mas a atitude precisa ser confirmada todos os dias.
            Por essa razão é que o mais fácil é viver de rituais e não de atitudes. A igreja esta cheia de pessoas que preferem os templos e púlpitos a esse lugar secreto em Deus. É mais fácil parecer espiritual (assim como o marido parecia ser romântico) do que o realmente o ser. Nos templos é fácil falar bonito e fazer cara de espiritual. Porém é na vida que a verdade realmente se apresenta.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O teste da paciência

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”. Hb. 11:1




A impaciência é a ausência da fé. E sem fé, vc já sabe ninguém pode agradar a Deus. O texto de Hebreus é bem claro na sua definição sobre fé. Ela é o que nutre o tempo de espera. Quando a impaciência se revela, isso quer dizer naturalmente que a fé não está mais operante.

Vamos dizer então que a fé operante é gerada na paciência. Isso torna mais claro o texto de Tiago1: 6 e 7. Que afirma que aquele que pede, mas duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. E ainda diz mais, afirma que esse que brinca de fé perdendo a sua fé durante o período da esperança não receberá do Senhor alguma coisa.

Esse assunto não é brincadeira. A nossa inconstância na paciência nos tem roubado muito do que Deus havia reservado. A partir desta postagem quero abordar esse assunto. E ainda mais quero contar com sua opinião sobre o assunto. Junto iremos construir verdades que nos levarão a orações que prevaleçam durante o tempo da paciência.

Um grande abraço

Graça e Paz

Franklin

terça-feira, 25 de maio de 2010

"...nos gloriamos nas tribulações".

“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações;...” Rm. 5:3


Este texto tem chamado muita minha atenção nesses últimos dias. Tenho amigos que entendem do assunto de se gloriar. Por todos os lados tenho tido o privilégio de observar a nossa espécie. Somos velozes em super valorizar nossas conquistas. Temos uma capacidade natural de revelá-las como que a troféus.

Conquistas financeiras e até mesmo conquistas supostamente espirituais são motivo de nos gloriarmos. Ninguém, no entanto o faz com uma aparente arrogância, mas com uma falsa amizade e humildade. Mostramos para nos gloriar. Temos uma espécie ridícula de necessidade de nos auto-valorizar. Essa é uma das características que denigrem o ser humano.

É bom ressaltar que 90% dessas pessoas que tenho observado são do nosso meio cristão. Usamos nossas conquistas para nos auto-promover. E ao passar por lutas nos desesperamos. Fazemos exatamente como os incrédulos. Então me pergunto..............qual será a diferença?

Nas tristezas somos tristes e nas alegrias somos alegres. Qual será a diferença? Não! Tenho então ensinado com intensidade esse texto. Gloriar-nos nas tribulações.

O apóstolo ensina que devemos então ter uma atitude muito louca nas nossas tribulações. Devemos encher o peito e fazer com nossas dificuldades o mesmo que tão divinamente fazemos com nossas conquistas.

Gloriar-nos em nossas tribulações e fraquezas é o caminho proposto por Paulo. Esse entendimento e atitude resultarão em um testemunho eficaz e em uma vida muito mais feliz. Aceite esse desafio em troca sua vida se tornará muito mais leve.

Um grande abraço
Graça e Paz
Franklin

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Deixando o Pesado pra Deus….

Nas últimas postagens falamos sobre aprender a se proteger das pauladas que nos tornam estéreis. Descobrimos que precisamos guardar nosso coração, pois dele saem às saídas da vida. Mas como isso se torna possível? Como podemos trocar as fontes do nosso coração? Como guardar algo que nem mesmo entendemos direito?

Primeiro queremos deixar claro que a idéia de nós mesmos guardarmos nosso coração é uma grande furada. Podemos com muito esforço guardá-lo por algum tempo. O problema é que os dias que não conseguirmos guardá-lo as reações em nós ainda serão como no começo... terrena, animal e diabólica. Não pode ser então fruto de uma tentativa do nosso intelecto. É louvável tentar, mas nada efetivo.

O segredo é aprender a deixar o pesado com Deus. Existem coisas que só mesmo o Pai pode conseguir. Ele é o único que esquadrinha os corações. Existe alguém fera nesse assunto, esse é o Pai.

O apóstolo Paulo em Romanos 8:27 apresenta Deus como aquele que é capaz de examinar os corações. Em Filipenses Paulo afirma que Deus é poderoso pra guardar nossos corações. Qual seria nosso papel então?

Na última postagem falamos sobre o ambiente propício para que Deus viesse sobre nossos corações, um ambiente de paz. Existem muitas emoções que nos tiram a paz. E elas vêm nos roubar. Elas são chamadas de inquietações em Fl. 4:6.

São exatamente essas inquietações que nos levam a fonte que é terrena, animal e demoníaca. Precisamos então nos livrar desses pensamentos e somente assim deixar o Pai trabalhar com o resto. Como será possível isso acontecer?

O apóstolo Paulo revela como tornar isso possível.



“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.”

Fl.4:6-7



O segredo está em não estar inquieto por coisa alguma. E como? Esvaziando nosso coração a todo instante que as circunstancias o encherem de inquietações e ansiedades. Na prática precisamos lutar para não andar, ou seja, passar tempo com esses sentimentos. O tempo que esses pensamentos permanecem, destroem o ambiente de paz. Liberam o que é terreno, animal e demoníaco.

Quando perceber que esse tipo de pensamento vem sobre seu coração é preciso parar tudo e em oração expurgar toda inquietação e ansiedade. Mas é preciso fazer isso com fé. Pois Paulo afirma que as orações e súplicas devem ser com ações de graça. No velho testamento a oferta de ações de graça era resultado de algo bom que havia acontecido. Pra Paulo as orações e súplicas deveriam acontecer com uma firme convicção de que seriam respondidas. A ponto de orar com ações de graça. Ou seja, agradecendo por que sua resposta já chegou mesmo antes de chegar.

Esse é um exercício diário que vai mudar nossas vidas. Quem aceitar esse desafio descobrirá um novo mundo a sua volta. Suas fraquezas não mais terão forças para subjugar nem acusar. Um tempo onde nossas atitudes não mais nos denunciarão. Seremos irrepreensíveis e o melhor, isso em muita paz. Um novo tempo a ser construído. O futuro começa agora. Hoje vamos lutar, mas amanhã estaremos livres.

Eu profetizo que você vai conseguir. Não mais na sua própria força, mas nos braços fortes do Pai. Não desista!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Um grande abraço

Graça e Paz

Franklin

segunda-feira, 8 de março de 2010

“A Sabedoria que vem do alto”

“A Sabedoria que vem do alto”


Tg. 3:17 e 18

Como já dissemos precisamos escolher a fonte que dará vida as nossas palavras. A sabedoria que devemos mostrar em mansidão possui características ressaltadas por Tiago. Mas antes de partir para o entendimento de cada uma das características, precisamos entender que a sabedoria do alto não se manifesta para qualquer um, nem em qualquer lugar.

Precisamos então entender o critério básico para sua manifestação. Nós já abordamos esse assunto em parte quando falamos sobre o conteúdo da nossa opinião. Lá entendemos que o resultado de nossa fala precisa ser o mesmo desejado por Deus. Porém, agora nosso enfoque é outro. Precisamos entender que para que nosso coração produza um fruto de justiça, uma semente precisa antes ser plantada.

O fruto não nasce do nada. É preciso haver plantio de sementes antes que se poça colher um fruto. O texto vai nos dizer quando, onde e por quem essa semente é plantada.

O texto diz que “o fruto de justiça é plantado em paz.”, ou seja, o ambiente necessário para que o dono da semente a semeie é um ambiente de paz. Para entendermos melhor esse ambiente vamos dar mais um paço neste versículo.

“Para os que exercitam a paz” Tg. 3:18

Precisamos sempre ter em mente que o autor está se referindo ao que falamos, como falamos e onde falamos. Desta forma exercitar a paz, nada tem haver com um transe ou um estado de espírito elevado.

Jesus já havia falado sobre isso em MT. 5:9

“Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus”

“Pacificadores” = aqueles que promovem a paz = exercitam a paz

É preciso entender que promover a paz não é aceitar possivelmente qualquer situação que se estabeleça. Antes é confrontar o problema a fim de resolvê-lo. Não é a ausência de conflito, mas antes o estabelecimento de um ponto pacífico.

Vamos dizer que aquele que é um pacificador não se conforma com o conflito entre pessoas. A todo tempo deseja e toma iniciativa a favor do estabelecimento da paz. E segundo o texto de Mateus 5:9, ser um pacificador é agir como Deus age. Pois ao agir assim, o pacificador mostra um “traço da família, herdada do seu Pai celeste”.

“ ...o nome reflete a natureza”

Gerar a paz é criar um ambiente propício para que o dono da semente a libere. Quando o pacificador se levanta para exercer sua natureza, do alto, Deus libera sua semente que uma vez semeada gera o que Tiago chama de fruto da justiça.

Logo podemos entender que a sabedoria do alto não se manifesta apenas para nos tornarmos mais tranqüilos ou emocionalmente equilibrados. A sabedoria do alto requer daquele que a recebe em exercício ou uma ação em prol do corpo. A sabedoria do alto mais a mansidão trará a revelação dos filhos de Deus. Pois diante do efeito da fala do pacificador, todos dirão, esse é verdadeiramente um filho de Deus.

Sei que falei em terminar esse assunto nesta postagem, mas vou precisar de mais uma.

Um grande abraço

Graça e Paz

Franklin

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010





“Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem às fontes da vida”.

Pv 4:23



Como já dissemos anteriormente a fonte é o condutor daquilo que está no interior para fora. Uma das fontes do coração é a palavra, mas ela é apenas a expressão de um pensamento. Por isso precisamos descobrir o que está no interior. Qual é a alimentação que tem nutrido nossas palavras.

Jesus afirmou que podemos descobrir o que está dentro do nosso coração com certa facilidade.

“Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”

MT 6:21.

Vamos afunilar essa idéia. Podemos dizer que há dois lugares onde está nosso tesouro. Nas coisas desse mundo e nas coisas do alto. O primeiro tesouro envolve muitas coisas como casa, carro, vida financeira, emprego, amor, sexo, dinheiro, fama, reconhecimento e autoridade ministerial ou secular, entre tantas outras coisas. Quando colocamos nosso coração nas coisas desse mundo, essas irão determinar o que vai jorrar de nossas fontes.

Para nos ajudar vamos dar uma espiada no que Tiago afirma sobre o assunto. O texto diz que existem características que determinam onde está o nosso coração. Ele chama o que nutre a fonte com as coisas desse mundo de sabedoria que não desce do alto. E aponta três características para quem usa dessa sabedoria.

“Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.”

Tg 3:15

Vamos então ver se nossas palavras são a expressão daquilo que é da terra ou do céu. A primeira característica é que ela é terrena. Para entender o que Tiago quis dizer precisamos ter em mente que esse capítulo todo está falando sobre a língua, ou seja, a fala. Dessa forma podemos entender que a fala é a expressão de uma sentença antes elaborada por nossa mente. Isso quer dizer que julgamos e sentenciamos pessoas o tempo todo. E é ai que mora o perigo. Por essa sabedoria ser terrena, ela nos dá a limitação que nos incapacita a julgar. O homem é limitado. Não conseguimos ter todos os lados de uma verdade, para que assim pudéssemos julgar. A humanidade nos faz cometer injustiças. Somos traídos por sentimentos e impressões.

Em segundo ela é animal. Há algum tempo atrás os circos foram impedidos de continuarem com animais perigosos. Lembro do triste caso de uma criança que morreu por chegar perto de uma das jaulas. Sabe por quê? Porque o animal preso não deixa de ser perigoso. Mesmo preso, a qualquer momento ele pode se soltar e aí já viu.

Isso quer dizer que podemos tentar fazer somente o que é certo o tempo todo. Mas dentro de nós existe um animal e ele pode se soltar a qualquer minuto. Conseguimos controlar nossa fala, até que o leão se solta. Falamos então as piores coisas, que achávamos que nunca mais diríamos. É o animal!

E por último ele diz que ela é diabólica. É como se dentro de nós houvesse a legalidade para que o Diabo operasse. Depois de julgarmos (terrena) e ofendermos (animal) só resta o diabo terminar o serviço. Ou seja, nossas palavras podem ser perigosas se nosso coração estiver nas coisas daqui de baixo.

Antes de continuarmos pensando sobre o assunto precisamos buscar em Deus através do amigo ES se nossa fonte tem jorrado esse tipo de água. Terrena, Animal e Demoníaca.

Se a resposta for sim, é chegado o tempo de estancar essa fonte. O primeiro passo é reconhecer a necessidade de mudança. Depois se arrepender precisamos então buscar em Deus como mudar o reservatório do nosso coração. E assim nutrir nossa fonte com aquilo que é do alto. Isso é possível. Não é uma questão de temperamento. Mas sim de buscar novos tesouros.

Vamos terminar o assunta na próxima postagem

Um grande abraço

Graça e Paz.

Franklin

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Morreu um herói

Quero parar um pouco de falar sobre o assunto anterior para prestar uma homenagem. Nesta semana perdi um ícone. Meu avô de 102 anos faleceu.


Não foi apenas um falecimento de mais um idoso. Mas sim o cumprimento visível da palavra de Deus. Pude ter o privilégio de ver o que Deus faz com quem Nele confia. Meu vô é o homem bem-aventurado que o salmo primeiro relata. Em todo tempo podemos ver seu fruto, mesmo em dias de escassez, seus ramos continuaram a alimentar a quem dele precisava.



Dele surgiram igrejas, missionários, profetas, pastores, gente muito crente que faz a diferença por aí. O primeiro crente de Duque de Caxias teve a benção de ver filhos, netos e bisnetos. Teve a sensação de dever cumprido. Filhos criados no caminho do Senhor. Uma casa para cada um dos seus cinco filhos. Netos que o admiram como se admira a um herói.

Não há como esquecer suas histórias e senso de humor. Seus conselhos sábios direcionaram varias vidas. Sua visão simples do evangelho me ensinou a enxergar melhor as verdades. Enquanto meus líderes tentavam me ensinar a ver tudo por um único lado, ele me fazia entender que tudo pode ser visto por outro ângulo. Com certeza posso entender hoje que Deus usou nossas conversas para liberar minha mente para que ela pudesse voar alto.

Sei que sou responsável por meu caminho. Mas não posso deixar de reconhecer que meu vô gerou um caminho no qual eu vou continuar. Não sei se você concorda ou não, mas sei que o relacionamento de Deus e meu vô ainda me ajudarão muito. Sei que ainda vou colher os frutos da colheita por ele plantada.

Meu vô Barros! Um herói, um exemplo, um amigo. Eu o amo tanto! Ainda não sei lidar com sua falta. Mas a dor vai passar, por maior que ela seja.......

Não consigo mais escrever.....

Um grande abraço

Graça e Paz

Franklin

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Continuando a saga da ovelha....

Continuando a saga da ovelha....




“Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. Pv 4:23



Antes de falar de como guardar o coração preciso compartilhar sobre as “fontes da vida”. Precisamos então entender que fonte é o condutor daquilo que está no interior para fora. Vamos dizer que ela é a expressão visível do que está escondido no interior.

Nós expressamos de várias maneiras, mas você há de concordar que a maior expressão é a fala. Certa vez Jesus afirmou que a boca fala do que está cheio o coração (lc. 6:45). Desta maneira podemos dizer que a fala é a expressão maior do coração.

Essa é uma verdade que precisa ser entendida para que o que vamos continuar tratando não seja mal interpretado. O que faria muito mal.

Não podemos calar ou fechar as saídas do coração. Quando somos agredidos na alma, não podemos ignorar a dor e nos calar por termos aprendido ser isso o certo. Não podemos nos forçar ser quem nós não somos. Como diria Paulo, não podemos nos adequar a um jugo de escravidão. Isso vai gerar doenças na alma que resultarão em problemas muito maiores.

Quando Tiago fala sobre a língua e seu poder ele afirma que devemos dominá-la e não a cortarmos. Ele aponta a figura de um cavalo enorme que é conduzido pelo pequeno freio. Ainda ressalta que o grande navio é conduzido por um pequenino leme. Em ambos os casos o freio e o leme não são usados para parar ou estagnar, mas para continuar no caminho desejado. A idéia não é gerar um crente que aceita tudo e se deixa machucar e ferir. Como se isso fosse ser espiritual !? Na verdade isso é ser idiota.

Precisamos entender também que falar tudo o que vier na cabeça vai gerar todo mal que tanto lutamos contra.

O objetivo dessa postagem é alertar que Deus te deu sabedoria e entendimento. Isso não pode ser ignorado por você e nem por ninguém. Mas também é nosso objetivo ressaltar que uma verdade dita na hora errada e da maneira errada vai gerar caus. A verdade é para ser dita na hora certa e da maneira certa. Ao fazer isso estaremos começando a guardar nosso coração.

É sobre isso que falaremos na próxima postagem. Como trazer a justiça de Deus com nossas palavras. Como usar essas saídas da vida de tal maneira que meu coração permaneça livre pra fluir em Deus e não ser preso nas ofensas.

Um Grande abraço

Graça e paz

Franklin

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Esquivando da esterilidade

Esquivando da esterilidade




Na última postagem tratamos da esterilidade proveniente das pancadas eclesiásticas. Nela profetizamos o restabelecimento da vida. Mas a verdade é que apesar de crer que em Deus somos curados, os cajados continuam a espancar ovelhas por todo o lado.

O que fazer? Como diria o grande pensador “chaves”: “Quem poderá nos defender?” Entre tantas possibilidades quero apontar duas. A 1ª e mais usada é sair da estrutura que te ofende. O grande problema é que nem sempre essa é a melhor saída.

Em alguns casos, para não endoidar de vez, é melhor chutar a balde e sair fora. Porém isso não resolverá o problema. Talvez no momento seja um refrigério, mas na grande maioria das vezes o problema volta a existir. Talvez por estarmos num tempo de escassez de sanidade eclesiástica, ou por não termos aprendido ainda a guardar nosso coração.

Existem gigantes que enquanto não são mortos, continuam a esbravejar. A ofensa é um desses gigantes. Abusada e espaçosa. Não tem hora pra chegar e ocupa o lugar que era reservado para sua alegria.

Dessa forma, fugir pode nos livrar temporariamente do poder devastador da ofensa eclesiástica. Porém logo ela se apresenta com todas as suas armas.

Então qual seria a outra opção?

“Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. Pv 4:23


Outra versão diz : “sobre todas a s coisas...” ou ainda “Sobre tudo o que se deve guardar...” guarda o teu coração. Esse é o melhor caminho. Quando formos ofendidos. Quando a ofensa nos cercar pelo caminho. Vamos dizer que esse é o primeiro passo para se esquivar da esterilidade que postei anteriormente.

Sei que a leitura desse conselho é poeticamente linda, mas aparentemente impraticável. Mas quero te afirmar que é possível ser ofendido e machucado e ainda sair ileso. Que doidera, não?

A ofensa gera em nós conturbados sentimentos, que se tornam atitudes em milésimos de segundo. E essas atitudes são geradoras dos desastres que desgastam nossas esperanças e forças. A reação a ofensa é inevitável. Porém a forma como reagirmos a ela pode determinar ou não uma vitória ou uma derrota.

O objetivo maior da ofensa é nos prender nela mesma. E não tenha dúvida que ao reagirmos ofensivamente ou indiferentemente, cumprimos o que chamo de Ciclo da Ofensa. Passamos a viver na teia da ofensa. Dia e noite aterrorizados pelo que falaram ou fizeram, ou não fizeram.

O assunto da casa é a ofensa injusta que sofremos. Ao acordarmos até ao dormirmos, nossa cabeça não para de nos dar mil e um argumentos que nos dão razão para estarmos ofendidos. Alguns desses argumentos são verdades outros não. Mas isso não interessa, pois sendo ou não verdade já estamos presos no Ciclo da Ofensa.

Nosso coração desguardado passa a ter como seu tesouro essa ofensa que tanto nos faz sofrer.


“Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”Mt 6:21.



É hora de esse jogo acabar! Essa tem sido a história que mais tenho ouvido nesses últimos anos. E Também foi a minha história. Mas o Espírito Santo, na marra, me levou a um entendimento novo que tem me libertado. Lembra do Provérbio? Sobre todas as coisas devo guardar meu coração. Passei a entender que dele provém saídas. Ou seja, do coração saem “fontes da vida”. Se eu conseguir guardar meu coração vou conseguir determinar como será minha vida e não a vida vai determinar como serei.

Nas próximas postagens quero compartilhar algo novo e tremendo que tenho descoberto ao lado do meu amigo ES. Como esquivar das ofensas e sem reagir ser vingado. Como usar essas saídas da vida de tal maneira que meu coração permaneça livre pra fluir em Deus e não preso nas ofensas.

Por enquanto vamos ficar pensando se estamos ou não dentro dessa realidade.

Um grande abraço

Graça e paz

Franklin

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

ESTERELIDADE


Você sabia? A ovelha é muito sensível. Quando um pastor bate um pouco mais em uma ovelha ela se torna estéril. Isso mesmo, a ovelha não agüenta a pressão.
Não é a toa que há tanta esterilidade em nosso meio. Sonhos que se perderam; projetos abandonados; fé abalada. Afinal nós somos ovelhas, e pelo que tenho ouvido por aí, temos apanhado muito.
O poder e o sistema têm facilitado que homens usem de uma suposta autoridade para sem dó espancarem as ovelhas a eles confiadas. Não é difícil encontrar o quadro de esterilidade pintado pelas nossas igrejas. Homens e mulheres incapazes de frutificarem uma genuína vida. Apenas robôs usados para nutrir e sustentar um sistema que gera cada vez mais estéreis.
O pior é que o sistema no qual batemos, acaba nos tornando a imagem daquele que nos esterilizou. Perceba que corremos o risco de agir da mesma forma com os nossos algozes. Talvez com razão, mas não sem culpa.
Jesus disse que se fizermos o bem a quem nos faz bem não teremos nenhum proveito nisso. Pois isso já é esperado. Mas devemos lutar, para não devolver a afronta. Isso sim é o que Deus espera de nós. (Que soco na barriga! )
Mas apesar desse quadro caótico que acabei de descrever, a esterilidade em nós, diferente das ovelhas, é reversível. Apanhei tanto nessa caminhada ministerial. Mas somente a pouco percebi um quadro de esterilidade instaurado em mim. Mas me lembrei dessa informação da ovelhinha e comecei a clamar por socorro ao meu supremo pastor. Posso começar a perceber a vida voltando para dentro de mim.
E quero terminar profetizando que a vida vai voltar pra dentro de você que também foi esterilizado injustamente ou não. Profetizo VIDA GERANDO VIDA.
Graça e paz
Franklin Barros